O impacto do envelhecimento populacional no Direito do Trabalho.

O Direito do Trabalho não está preparado para esta realidade?

Atualmente, nos deparamos com inúmeros idosos no mercado de trabalho, pois com seus proventos advindos do INSS não suprem suas posições sociais em que possuíam quando empregados e o pior não garantem sequer garantias de dignidade humana, uma vez que em sua maioria não lhes é oferecido infraestrutura para assegurar os serviços que o Estado deve oferecer, tais como: saúde gratuita, remédio, transporte de qualidade, entre outros.

Por esse motivo, ao invés de desfrutar da aposentadoria após longos anos de contribuição ao INSS e trabalho, se deparam com a realidade de continuar na vida laborativa buscando desta vez uma complementação de renda.

É incontestável a inserção dos idosos na população em idade ativa, onde que pelo fato do crescimento da população idosa brasileira resulta no crescimento na participação dos trabalhadores com idade igual ou superior aos 65 anos.

Neste sentido, conforme CAMARANO, á medida em que os trabalhadores envelhecem, as melhores chances de permanecer ativos pertencem aos bem mais qualificados, aos de melhor escolaridade e, sobretudo, aos que não estão desenvolvidos em atividades manuais, além de também serem identificados diferenciais significativos entre as atividades dos idosos nos meios urbanos e rurais.

O idoso tem muito a contribuir com sua experiência no mercado do trabalho, porém o fato controverso é que essa realidade por muitas vezes existe por falta de condições financeiras para suprir as necessidades básicas e até mesmo por inúmeras vezes é o responsável pelo sustento de sua família.

A pergunta do inicio deste post, é para uma reflexão: será que o Direito do Trabalho está preparado para vivenciar e assegurar os direitos dessas pessoas que necessitam continuar em sua vida laborativa para suprir uma possível falta de proventos, uma vez que a aposentadoria não é suficiente para a própria subsistência em uma fase da vida que tudo se torna mais caro.